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25 de junho de 2010

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Meus olhos inchados tentam expressar algo, não é dor, sofrimento, caridade, dó ou qualquer coisa. Meus olhos falam mais que minha boca, eles, quando bem entendidos, me revelam por inteira, sem eu querer, sem pedir permissão. Depois, obviamente, pedem perdão por serem tão frágeis e vulneráveis. Eles não têm culpa, eu os construí assim, eu os moldei de acordo com as minhas vontades. Se hoje eles incham por eu ficar triste e deixam que todos os vejam dizendo isso, é porque eles são a parte mais verdadeira do meu corpo: eles dizem o que não quero, eles mostram o que não podem, eles escorrem por algo que não pedi. Eles me completam.