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7 de março de 2012

Se eu demorar, me espera
                            Se eu te enrolar, me empurra
                                                  Se eu te entregar, aceita
Se eu recusar, me surra
                            Se eu sussurrar, escuta
                                                   Se eu balançar, segura
Se eu gaguejar, me entende
                             Se eu duvidar, me jura
                                                Se eu for só teu, me tenha
Se eu não for, me larga
                         Se eu te enganar, descobre
                                              Se eu te trair, me flagra
Se eu merecer, me bate
                        Se eu me mostrar, me veja
                                                Se eu te zuar, me odeia
Mas se eu for bom, me beija
                            Se eu te amar, me sente
                                                Se eu te tocar, se assanha
Se eu te olhar, sorria
                       Se eu te perder, me ganha
                                                Se eu te pedir, me dá
Se for brigar, pra quê?
                             Se eu chorar, me anima
                                                     

  Mas se eu sorrir é por você.

Ele pode estar olhando tuas fotos neste exato momento. Por que não? Passou-se muito tempo, detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ele faça as mesmas coisas que você faz escondida, sem deixar rastro nem pistas. Talvez, ele passa a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram teus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boas. Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E, ainda assim, preferir o silêncio.Ele pode reler teus bilhetes, procurar o teu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as tuas músicas, procurar a tua voz em outras vozes. Quem nos faz falta, acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez, ele perceba que você faz falta e diferença, de alguma forma, numa noite fria. Você não sabe.Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris. Talvez, ele volte. Ou não.









“O problema é que você já me perdeu demais… E a cada dia você ainda consegue me perder mais um pouco. Eu digo que está tudo bem, mas na verdade, eu perdi as palavras, o foco, a base. Eu me perdi. […] Você mudou tudo. Eu era tão segura de mim, tão altruísta, tão tudo, tão eu. Eu era tão satisfeita com tudo o que via em mim mesma e você… Você destruiu isso em mim. Você destruiu um pouco de tudo em mim, entende? E isso dói, porque eu olho no fundo do poço em que me encontro e me vejo tão só, tão perdida. […] Eu queria que as coisas dessem certo; não em relação a tudo, mas em relação a mim. Hoje eu me vejo tão errada e cheia de defeitos, me vejo tão inconsciência e irracional e antes eu, que era tão boa pra mim, me vejo tão pouco pra você, pra tudo. Você não só me perdeu como fez eu me perder também. Você foi uma incógnita complicada, um termo que eu não sei desvendar. […] Eu não encontrava em mim todos os motivos pra essa insegurança, mas você me entregou todos eles na mão, de bandeja. Foi como se você tivesse aparecido e tomado parte de mim e dito pro que restou “seja insegura”. E isso dói, porque quando eu sinto que você, às vezes, está tão longe eu vou me perdendo mais ainda e você… Bom, você já quase não me tem. Eu fui escapulindo entre seus dedos junto com todas aquelas lágrimas que eu escondia por trás do “tudo bem”; por trás do telefone, quando eu dizia que só era o sono. […] Você foi destruindo tudo com tão pouco e veja agora; você fez com quem eu me perdesse no meu próprio eu. Onde eu não encontro nada. E nada dói… Nada é tão vazio.”






[…] e como quem não quer nada tava lá, com sua camisa xadrez, seu cabelo sem compromisso, sua barba por fazer, seu perfume sem nome, dançando, sozinho, hipnotizante… chegava até ser erótico. Era meu. Somente não sabia.