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8 de agosto de 2010

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Chega uma hora em que tudo ao seu redor se silencia, não existe mais um sentido, eu estou triste e sozinha, e sei o motivo da tristeza e da solidão, os meus sonhos só me fazem lembrar, lembrar dele.
Palavras agora são o único meio de expressar meus sentimentos, a maior vontade é de soltar um grito desesperado pedindo por ajuda, por alguma companhia, pra que minha vontade seja saciada, a percepção da escuridão acaba ficando cada vez maior, aquela barreira que se criou, fica maior a cada dia, parece que estou sozinha é só, e o tempo parou. Coisas bonitas já não me fazem a cabeça, a cada passo que dou para a frente parece que todos dão um para trás, está tudo ficando distante, e quando caio pra trás sem ter no que me apoiar, todos estão parados olhando pra mim, eu sei que tenho que me levantar e andar, continuar minha vida, tocá-la pra frente, junto a eles, mas a realidade de cada um é tão falsa, estou presa e falando sozinha, vejo uma estrada comprida, vazia.
De fato coisas boas vão e vem, e de fato isso não faz diferença pra maioria, se algo tem um brilho, um dia esse brilho há de se apagar, algumas coisas, alguns dias, merecem ter um sentido para todos, algumas coisas, alguns dias devem ser explicados, algumas coisas, alguns dias, devem ser sentidos, devem ser vividos, devem ser talvez esquecidos. Uma boa decisão, acreditar que apenas um dia possa ser explicado em uma semana, e que uma semana possa ser explicada em um minuto, é intenso. Quando tudo para, e parece que você tem todo o tempo, difícil acreditar que tudo, que o que é tempo possa parar, mas qual será o sentido dos sonhos, do amor, do céu, do mar, de toda contradição, e de tudo que é sentimento, te faz pensar.
Acabo de ver mais um dia passando, e não faço a mínima idéia de que dia da minha vida possa ser, não tenho idéia do que possa ser o dia de amanhã e muito menos o que possa ser de meu futuro, é tudo tão lento, porém tanta coisa já passou e eu nem vi, tudo que é e foi bom ficou, e a maior força, é procurar emoções parecidas com aquelas que passei os melhores dias de minha vida, preso no passado, liberto no futuro, apenas aceitar mudanças, renovar. É como a fumaça de um cigarro, nele vejo vida de novo, de duas formas, a fumaça que sai de suas variadas formas, sempre diferente, subir subir e sumir em meio ao ar, perdesse, porém ela sempre estará lá, mas já não podemos mais ver, e a forma como ela me mata lentamente, sem eu nem mesmo ver, sem eu nem mesmo sentir, o continuar me matando, sem me importar.